"O jogo mais importante da carreira" de Lucílio Baptista
Foi desta forma que Baptista respondeu às perguntas dos jornalistas sobre as polémicas que protagonizou noutros encontros entre Benfica e Sporting, sublinhando que "o foco está neste jogo e não no passado".
"O passado é passado. O foco está no jogo de amanhã (sábado). Já dirigi muitas finais, mas amanhã será o jogo mais importante", assegurou o árbitro de Setúbal, que vai arbitrar sábado o quarto "dérbi" entre os dois rivais lisboetas.
Baptista lembrou que "uma final é uma final", sobretudo quando, segundo o árbitro, "conta com dois clubes históricos" e se trata de "uma competição como a Taça da Liga".
O juiz do encontro disse ainda que a preparação para a final de sábado "foi cuidada de forma a errar o menos possível ou não errar".
"A nossa preparação costuma ser feita em ciclos semanais. A única diferença é que habitualmente viajamos no dia do jogo e para esta final viajámos com cerca de 40 horas de antecedência, o que nos permite uma focalização maior na partida. É uma tranquilidade poder a partir de agora pensar só no jogo", frisou.
Lucílio Baptista considerou ainda que o Estádio Algarve, palco pelo segundo ano consecutivo da final da prova, "é lindíssimo e tem todas as condições", mas a "menor utilização" levou-o a pedir para fazer uma adaptação ao recinto.
"Como não utilizo este estádio tantas vezes, fiz questão de fazer um treino para me adaptar à relva", acrescentou.
O árbitro de Setúbal disse ainda esperar que o jogo decorra com "fair-play" e, dentro de campo, os jogadores sigam os exemplos dos dois "capitães" de equipa (Nuno Gomes, do Benfica, e João Moutinho, do Sporting), que falaram juntos à imprensa, à semelhança do que irá acontecer ainda hoje com dois treinadores (Quique Flores e Paulo Bento).
"Foi a primeira vez que vimos os dois 'capitães' de equipa participarem numa conferência de imprensa conjunta. O mesmo vai acontecer com os treinadores. Espero que o espírito de 'fair-play' perdure até amanhã (sábado)", disse.
Lucílio disse ainda que entre ele e os jogadores "ao fim de tantos anos, há liberdade quanto baste" e apenas se exige "respeito".
O juiz disse ainda sentir-se "lisonjeado" com a escolha da Comissão de Arbitragem da Liga, mas recusou a ideia de ser um prémio pelo aproximar do final de carreira, que será aos 45 anos, no final da próxima temporada.
"É óbvio que tinha este objectivo, mentiria se dissesse o contrário, mas ainda tenho outros até final da carreira. Agradeço à Comissão de Arbitragem. Foi um prémio, mas um prémio por valor, não um prémio pelo prémio", sustentou.
MHC.
Lusa